Breitling Top Time

As primeiras edições do Navitimer e do Chronomat, bem como os relógios da coleção Top Time, são algumas das peças mais procuradas pelos colecionadores de relógios vintage da Breitling. A marca suíça apresentou o cronógrafo pela primeira vez em 1964 e manteve a série no mercado até meados da década de 1970. Lançado como um relógio essencial com um preço mais acessível, dirigia-se a um público muito específico, nomeadamente homens jovens e ativos na casa dos 20 anos. Contudo, o design elegante e o tamanho moderado de 35 mm a 40 mm acabaram por conquistar também o público feminino.

Inicialmente, a Breitling oferecia este relógio apenas com dois submostradores posicionados às 3 e às 9 horas (bicompax), sendo o primeiro para contar os minutos e o segundo para os segundos. No final da década de 1960, a marca lançou também modelos com três totalizadores. Ambos apresentam um mostrador estilo "Panda" e "Reverse Panda" (panda invertido) , uma das características mais em destaque neste relógio. Aqui, os submostradores pretos e prateados contrastam com o mostrador branco ou preto. Outra versão muito popular é aquela com o chamado design "Racing", cujo visual se inspira nos carros de competição. Comum a todos os modelos Top Time é a escala taquimétrica posicionada na periferia do mostrador e o facto de virem exclusivamente equipados com calibres de corda manual Venus ou Valjoux. Além disso, todos os Top Time contam com um vidro de acrílico ou plexiglass e utilizam um material luminoso à base de trítio.

Quando Sean Connery ostentou um Top Time (Ref. 2002) no pulso durante o seu papel como agente secreto James Bond no filme "Fireball" de 1965, este relógio ganhou bastante popularidade. No filme, Q entrega a Bond um relógio equipado com um contador Geiger, que permitirá a 007 encontrar as bombas atómicas roubadas. O Top Time também se tornou popular no universo do desporto, tendo sido usado pelo esquiador francês Jean-Claude Killy, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1968 tanto no downhill como no slalom e no slalom gigante.

Um dos primeiros modelos Top Time mais populares é o relógio "James Bond" Ref. 2002 . A Breitling apostou inicialmente no calibre Valjoux 7730 para animar estes modelos, mas depois passou a equipá-los com o Valjoux 7733. Estão disponíveis com mostradores Panda, Reverse Panda e Non Panda, contando este último com um mostrador branco prateado. Dependendo do estado de conservação, custam entre 2.250 euros e 2.490 euros.

O Top Time Ref. 2003, que surgiu ao mesmo tempo no mercado, tem um preço muito semelhante. A principal diferença deste modelo reside na caixa de aço inoxidável banhada a ouro. Além disso, ao contrário da Ref. 2002, a caixa não é monobloco nem estanque. A Ref. 2003 alberga um calibre Venus 188 e o seu preço ronda os 2.300 euros.

O Top Time com a Ref. 2004 é bastante mais caro. Ao contrário de todos os outros relógios desta coleção, a caixa deste modelo não é em aço inoxidável, mas sim em ouro maciço de 18 quilates. É animado pelo calibre Venus 175 ou Valjoux 7730. Esta peça em ouro custa, em bom estado de conservação, cerca de 4.000 euros.

Se procura um relógio com três submostradores, sugerimos que dê uma vista de olhos no Top Time Ref. 810. No interior da caixa de 38 mm de aço inoxidável, bate um calibre Venus 178, com contadores para as horas, minutos e pequenos segundos às 3, 6 e 9 horas respetivamente. As versões dos anos de 1964 a 1966 contavam com uma caixa monobloco. Após 1967, a marca suíça decidiu alterar o método de construção da caixa, passando esta a possuir uma tampa. Independentemente da arquitetura da caixa, conte com uma verba de cerca de 5.400 euros para adquirir um Top Time 810 em bom estado de conservação.

O Top Time Ref. 7656 tem um lugar especial no coração dos colecionadores. Este modelo da década de 1970 dispõe de uma luneta giratória bidirecional e destaca-se claramente dos demais Top Time. Além disso, está disponível com uma caixa de 42 mm, um tamanho bastante imponente para a época. No seu interior, bate um Valjoux 7736. Este cronógrafo está disponível exclusivamente com um design "Reverse Panda", ou seja, com três totalizadores brancos sobre um fundo preto. Como é uma peça bastante rara, conte com preços na casa dos 8.400 euros.

Os relógios mencionados anteriormente têm uma forma redonda clássica. No entanto, a partir do final da década de 1960, a Breitling passou também a oferecer variantes do Top Time com caixa em forma de almofada . Um dos modelos mais procurados é a Ref. 814, que é animada pelo calibre Venus 178 e dispõe de pequenos segundos e totalizadores das horas e dos minutos às 3, 6 e 9 horas, respetivamente. Um dos elementos que mais se destaca é o ponteiro dos segundos em cor de laranja brilhante. Um modelo em bom estado de conservação custa cerca de 2.300 euros.

Os modelos com as Ref. 2006, 2007, 2008 e 2009, cuja diferenças residem em detalhes como os ornamentos da caixa, a forma e a disposição dos índices, têm um preço bastante mais acessível. Ao contrário da Ref. 814, estes modelos dispõem de apenas dois submostradores e são animados por um Valjoux 7730. Outra diferença são os botões do cronógrafo, que têm uma forma quadrada. Quanto aos preços, situam-se entre os 1.450 e os 1.900 euros.

A Breitling redesenhou ligeiramente os mostradores dos modelos com a Ref. 2211. Os totalizadores posicionados às 3 e 9 horas surgem agora com forma oval, em vez de redonda. Além disso, tanto o ponteiro do cronógrafo como o das horas e dos minutos vestem-se de laranja brilhante. Dependendo do ano de fabrico, estes modelos são animados pelo Venus 188 ou pelo Valjoux 7730. Conte com uma verba de cerca de 2.900 euros para adquirir este relógio. Se optar pela versão Top Time Racing , o preço sobe mais 800 euros. Tecnicamente, a versão Racing tem as mesmas características da Ref. 2211, mas o seu design é diferente. O padrão em forma de rede no centro do mostrador e o contorno branco dos totalizadores pretos evocam o painel de um carro desportivo, daí o seu nome.