Cartier Panthère

A pantera é o símbolo da marca francesa Cartier. Jeanne Toussaint, que ocupou o lugar de diretora criativa de alta joalharia da Cartier em 1933 e que era, ela própria, conhecida por La Panthère, foi quem introduziu este motivo e esboçou o primeiro modelo Panthère em 1914. As pedras incrustadas na caixa e na bracelete deste relógio replicavam a pelagem e a aparência do felino. A caixa redonda envolvia o mostrador quadrado com números romanos. A pantera deu corpo a inúmeras peças de joalharia como pulseiras, alfinetes de peito e colares. Hoje, é um símbolo incontornável da marca francesa.

A Cartier relançou a coleção Panthère no início dos anos 80. Os modelos novos albergavam movimentos de quartzo altamente precisos e, em termos estéticos, tinham algumas semelhanças com o Cartier Santos, o lendário relógio de aviador quadrado. Depois do seu relançamento, o Cartier Panthère converteu-se rapidamente num dos relógios mais populares da marca francesa.

Em 2017, seguiu-se uma nova edição desta coleção de sucesso com materiais como o ouro amarelo, branco ou ouro rosa, bem como peças com diamantes. Além disso, foram lançadas edições dedicadas à pantera, com componentes de ouro rosa e esmalte preto.

A linha Panthère propõe diversas versões em aço inoxidável, ouro amarelo de 18 quilates bem como versões bicolores que combinam o aço e o ouro. Os modelos unissexo albergam movimentos de quartzo de alta precisão que apenas têm de ser acertados a cada dois meses. O preço de um Panthère em bom estado de conservação começa na casa dos 1.800 euros. Por este valor, é possível adquirir um modelo bicolor. Se prefere uma peça mais requintada, em ouro e engastada de diamantes, conte com, pelo menos, 8.000 euros. A Maison propõe também modelos de ouro com correias de pele, cujo preço ronda os 3.000 euros. As versões com bracelete de ouro custam cerca de 4.000 euros. 

Um exemplar novo em aço inoxidável, cuja bracelete geralmente é no mesmo material, ronda os 3.500 euros. Já os modelos bicolores custam, novos, cerca de 6.000 euros. Com acabamentos de diamantes em cores a condizer, atingem valores na ordem dos 20.000 euros. Os modelos Panthère de ouro encontram-se neste segmento de preço. A versão em ouro rosa, que imita o padrão da pele do felino com elementos pintados de preto, é particularmente sedutora. Em bom estado de conservação, esta peça custa cerca de 19.000 euros. O preço oficial é de 27.700 euros.

Se prefere um Cartier Panthère com caixa redonda, conte gastar cerca de 1.000 euros. Este é também o preço dos modelos que dispõem de uma longa bracelete que circunda a caixa do relógio, cuja aparência é mais de uma joia.

Se pretende adquirir um relógio com calibre automático, sugerimos os modelos da coleção Santos ou Tank da Cartier. Um Santos usado e em bom estado de conservação custa menos de 1.000 euros, ao passo que um exemplar novo em aço ronda os 3.000 euros. Os relógios de ouro usados ascendem aos 10.000 euros. Um Cartier Tank básico em bom estado de conservação custa aproximadamente 1.000 euros e um exemplar novo cerca de 1.900 euros. Estes relógios de caixa quadrada foram criados pela marca parisiense em 1917, ou seja, durante a Primeira Guerra Mundial. O seu design inspira-se na forma dos tanques de guerra usados na época.

Desde a sua fundação em 1847, a Cartier tem seduzido inúmeras casas reais de todo o mundo com o seu estilo luxuoso e a elevada qualidade das suas joias. As tiaras incrustadas de pedras preciosas, os broches e os anéis da Cartier foram sempre peças muito apreciadas nos círculos nobres. Algumas das mais ilustres clientes da Maison parisiense foram a rainha Victoria Eugénie de Espanha, a rainha Elisabete da Bélgica e a rainha Isabel de Inglaterra. Em muitas das joias mais excecionais da Cartier, a pantera assume-se como a atriz principal, como em diversas peças pertencentes à coleção Wallis Simpson.

A duquesa de Windsor comprou um broche com o motivo da pantera em 1948. Apenas um ano depois, comprou um segundo, no qual este felino surge incrustado num cabochão de safira com mais de 152 quilates. A coleção da duquesa incluía também uma pulseira de ónix e diamantes em forma de pantera.