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Relógios mecânicos de corda manual
Os relógios mecânicos de corda manual são geralmente mais clássicos e bastante planos. Muitas marcas de renome oferecem este tipo de relógio nos seus catálogos. Relógios de culto como o Omega Speedmaster Professional Moonwatch mantêm até hoje um calibre de corda manual.
Destaques
- Os relógios mecânicos de corda manual são geralmente mais planos do que os relógios automáticos
- Modelos célebres: Omega Speedmaster, Panerai Luminor
- Elegância discreta: A. Lange & Söhne, Nomos ou Junghans
O que é um relógio mecânico de corda manual?
Um relógio de corda manual é um relógio mecânico ao qual se necessita de dar corda, ou seja, fornecer energia, manualmente. Ao contrário dos relógios mecânicos de corda automática, que recebem energia constante através do movimento do braço , o funcionamento dos relógios mecânicos de corda manual assenta numa mola de corda que, quando carregada, fornece a energia necessária ao movimento e a todos os demais componentes do mecanismo (rodas e ponteiros) requeridos na indicação da hora. A frequência com que terá de dar corda ao relógio depende do número de tambores de corda que este possui, bem como do tamanho da mola de corda e da frequência de oscilação. Quanto mais elevada for a frequência do sistema de oscilação, mais rapidamente a energia se dissipa. Para garantir que o relógio tenha uma reserva de marcha elevada, podem ser usadas várias molas de corda.
Um exemplo de um relógio masculino com uma elevada autonomia é o Panerai Luminor 1950 10 Days GMT Acciaio, cuja energia dura 10 dias. Já o Lange 31 da A. Lange & Söhne apresenta uma impressionante autonomia de 31 dias. O preço deste instrumento do tempo ronda os 65.000 euros, usado. A versão em platina custa, nova, pelo menos 130.000 euros.
Os preços dos relógios mecânicos de corda manual
Existem relógios de corda manual para todos os gostos e bolsas. A oferta vai desde relógios acessíveis, cujo preço não ultrapassa algumas centenas de euros, a modelos de alta relojoaria que atingem vários milhões de euros. Estes são geralmente de manufacturas de prestígio como a Patek Philippe. Embora os relógios automáticos recebam a sua energia de forma autónoma e sejam por isso bastante confortáveis de usar, os clássicos relógios de pulso mecânicos ocupam um lugar de honra nos catálogos das marcas relojoeiras suíças e germânicas.
Um dos mais célebres cronógrafos de corda manual é, sem dúvida, o Speedmaster Professional Moonwatch, o relógio que entrou na História por ter acompanhado os primeiros astronautas na ida à Lua. Um modelo usado custa cerca de 2.600 euros. Um exemplar como novo custa cerca de 3.000 euros. A Panerai é também conhecida pelos seus movimentos de corda manual com elevada autonomia . As marcas germânicas Junghans, Nomos e A. Lange & Söhne oferecem relógios de corda manual de grande qualidade nos seus catálogos.
Preços em detalhe
Modelo | Preço aproximado | Características |
Omega Speedmaster Professional Moonwatch | 3.000 euros | Cronógrafo lendário: primeiro relógio de pulso na Lua |
Panerai Luminor Base 8 Days Acciaio | 5.000 euros | Calibre de manufactura, 8 dias de reserva de marcha |
Panerai Luminor Base Logo Acciaio | 3.800 euros | Relógio de mergulho de culto com a famosa ponte com alavanca de bloqueio que protege a coroa, 56 horas de reserva de marcha |
A. Lange & Söhne Lange 1 | 22.000 euros | Calibre de manufactura, caixa em ouro ou platina, mostradores descentrados |
Nomos Tangente | 1.200 euros | Calibre de manufactura, design apurado inspirado no movimento Bauhaus |
Nomos Tetra | 1.200 euros | Calibre de manufactura, caixa quadrada |
Nomos Orion | 1.300 euros | Calibre de manufactura, design minimalista com pequenos segundos e índices em bastão |
Junghans Max Bill | 500 euros | Design inspirado na Bauhaus |
Relógios de corda manual da Panerai
A marca de culto Officine Panerai é célebre pelos seus relógios de mergulho com uma estética absolutamente singular. Originalmente, a manufactura concebeu os primeiros instrumentos de mergulho para os mergulhadores da Marinha Real Italiana. Um dos modelos mais emblemáticos na coleção da marca italiana é o Luminor, imediatamente reconhecível pela ponte protetora da coroa. Este modelo encontra-se disponível sobretudo com movimento de corda manual. A versão standard vem equipada com o Calibre OP I, que assenta no Unitas 6497 e conta com uma impressionante reserva de marcha de 56 horas. Os exemplares por estrear com a referência PAM01000 custam cerca de 3.800 euros. Se preferir um relógio com uma autonomia de pelo menos 8 dias, sugerimos o modelo Luminor Base 8 Days Acciaio equipado com o calibre de manufactura P.5000 . Como novo, este relógio mecânico de corda manual custa cerca de 5.000 euros e, com um pouco de sorte, talvez menos.
Relógios mecânicos da Nomos
A pequena cidade de Glashütte, situada no estado alemão da Saxónia, é o berço da alta relojoaria alemã. Ferdinand Adolph Lange fundou a indústria relojoeira na região em 1845, lançando as bases para o sucesso atual das mais exclusivas manufacturas relojoeiras alemãs, entre as quais se conta a Moritz Grossmann, a Glashütte Original ou a Nomos. Todas estas marcas incluem nos seus catálogos relógios mecânicos de corda manual , mas as peças do tempo da Nomos distinguem-se pela sua excelente relação qualidade/preço. O Tangente, modelo chave da coleção da marca, demarca-se pela sua estética minimalista, inspirada na Bauhaus, corrente artística criada em 1919 por Walter Gropius que influenciou largamente o design do século XX, sobretudo a arquitetura e o mobiliário. Um modelo usado e em bom estado de conservação custa menos de 1.000 euros. Já um exemplar novo ronda os 1.200 euros.
Entretanto, o Tangente encontra-se também disponível, tal como muitos outros modelos da Nomos, com o calibre de manufactura de corda automática DUW 3001. Este mecanismo é extremamente plano, medindo uns impressionantes 3,2 mm de espessura, pelo que é ideal para complementar um look mais sofisticado. A título de informação, os relógios da Nomos equipados com este calibre têm a denominação "neomatik". Um Tangente Neomatik custa, como novo, cerca de 2.300 euros.
As linhas Orion e Tetra incluem também peças equipadas com calibres de corda manual ou automática. Graças à sua caixa quadrada, o Tetra é um relógio que desafia as convenções e dá imediatamente nas vistas. Este relógio ultraplano está disponível com mostradores de cores vivas, com um caráter irreverente e fresco. A versão de 27 mm x 27 mm é um perfeito relógio de senhora e vem equipada com o movimento mecânico Calibre Alpha de manufactura. O preço de um modelo usado é bastante razoável e não ultrapassa os 1.000 euros; novo, ronda os 1.200 euros. O Nomos Orion usado custa cerca de 1.000 euros e novo cerca de 1.300 euros.
Relógios exclusivos da A. Lange & Söhne
Os relógios mecânicos de corda manual da A. Lange & Söhne encontram-se no segmento oposto de preços. A manufactura de Glashütte cria peças do tempo exclusivas, que em nada ficam atrás de marcas como a Patek Philippe ou a Audemars Piguet. O Lange 1 é um dos modelos mais emblemáticos da marca, muito graças à sua inigualável estética: grande data numa janela dupla e o submostrador descentrado. O preço de um Lange 1 usado e em bom estado de conservação ronda os 15.000 euros. Se pretende adquirir um exemplar novo conte com uma verba de pelo menos 22.000 euros. Atualmente, a marca fabrica estes modelos exclusivamente em materiais nobres, como o ouro ou a platina. Na década de 1990, foram produzidos alguns exemplares em aço, que são bastante raros: o seu preço no mercado ronda os 150.000 euros.
Relógios mecânicos da Junghans
A Junghans, uma marca relojoeira alemã sediada em Bade-Vurtemberga, é também uma manufactura de renome na Alemanha. Um dos modelos mais conhecidos desta empresa é o Max Bill, que deve o seu nome ao arquiteto e designer. Os relógios desta coleção distinguem-se, à semelhança das peças da Nomos, pela sua estética sóbria inspirada na corrente Bauhaus. O preço de um Junghans Max Bill de corda manual é bastante razoável e, geralmente, não ultrapassa os 500 euros.