Ulysse Nardin El Toro / Black Toro

O Ulysse Nardin El Toro apresenta-se com um visual hi-tech com materiais modernos e vem equipado com um excecional calibre de manufactura. Em termos técnicos, está à altura de um Patek Philippe, porém, a sua estética aproxima-se mais da de um Hublot. Graças ao seu inovador mecanismo, o El Toro é um dos relógios de pulso mais robustos com calendário perpétuo e segundo fuso horário.

Além da robustez garantida por uma estanqueidade de até 100 m (10 bares), o El Toro é um relógio de fácil utilização. Graças ao movimento de manufactura UN-32, a função do calendário perpétuo pode ser facilmente ajustada através da posição de ajuste rápido da coroa. Além disso, se cometer um erro no acerto, pode corrigi-lo rapidamente, dado que o mecanismo permite regular para a frente e para trás o dia, o mês e o ano. A grande vantagem é que não terá de enviar o relógio para o fabricante, como acontece com muitos relógios com calendário perpétuo quando as indicações estão incorretas.

Outra característica que torna a sua utilização muito fácil é o facto de o ponteiro das horas poder ser alterado para uma nova hora local usando apenas os botões localizados no flanco esquerdo da caixa. O terceiro ponteiro, dotado de um triângulo na ponta, indica a hora de casa, em combinação com a escala de 24 horas da luneta de cerâmica. O símbolo do sol posicionado às 12 horas representa o meio-dia e o símbolo da lua indica a meia-noite.

O preço de um exemplar usado com a referência 322-00 ronda os 20.000 euros, no caso de se encontrar em bom estado de conservação. Já um exemplar novo custa cerca de 25.000 euros. Um El Toro usado em platina ronda os 22.000 euros, enquanto um exemplar novo custa cerca de 45.000 euros.

O Ulysse Nardin Black Toro lançado em 2013 tem um preço de 23.000 euros, no mercado de segunda mão. Se optar por uma peça nova, conte com cerca de 38.000 euros. A versão com luneta e mostrador azuis é designada de Blue Toro. Um exemplar usado custa cerca de 23.000 euros, ao passo que um novo ronda os 39.000 euros.

A Ulysse Nardin lançou o primeiro El Toro em 2010. Esta peça estava disponível com uma caixa de 43 mm em platina ou ouro rosa de 18 quilates, sendo ambas edições limitadas a 500 exemplares. Características estéticas comuns às duas versões são a luneta de cerâmica preta com uma graduação de 24 horas e uma ponte em forma de "T" posicionada no centro do mostrador, onde se encontram reunidas as indicações do calendário. A grande data encontra-se posicionada à 1 hora.

Os ponteiros das horas e dos minutos estão particularmente bem concebidos, uma vez que por serem esqueletizados não causam qualquer interferência na leitura das indicações do calendário ou dos pequenos segundos situados às 9 horas. O ponteiro dos segundos descentrado é também esqueletizado para garantir a máxima legibilidade. As pontas dos ponteiros das horas e dos minutos são revestidas a massa luminescente, permitindo a leitura das horas mesmo em ambientes sem luz. Outra solução interessante é a vista parcial para os discos do ano e do mês e para o calibre de manufactura UN-32 no fundo da caixa, que é desvelado por um vidro de safira. O movimento de manufactura do El Toro é certificado pelo COSC, que garante uma elevada precisão. Conta com uma reserva de marcha de 45 horas. A título de curiosidade, o calibre UN-32 assenta no calibre 137 da Ebel, cuja patente a Ulysse Nardin adquiriu em 2012.

Para complementar o Ulysse Nardin El Toro estão disponíveis correias em pele ou braceletes de cauchu, sendo que esta última confere um visual totalmente diferente e muito mais desportivo a esta peça. A imponente caixa de 43 mm em combinação com asas bastante largas fazem com que este instrumento do tempo não passe certamente despercebido no pulso. Em termos visuais, aproxima-se bastante de um Panerai ou do Royal Oak Offshore da Audemars Piguet. Apesar dos seus 15 mm de espessura, o Ulysse Nardin El Toro é bastante plano para um relógio automático dotado de calendário perpétuo e segundo fuso horário.

A Ulysse Nardin é, desde há várias décadas, reconhecida nos círculos de relojoaria pela complicação do calendário perpétuo. Em 1996, a marca lançou o Ulysse Nardin Classic Perpetual Ludwig e, em 1999, o GMT +/- Perpetual, dois instrumentos do tempo históricos que lançaram as bases técnicas para os atuais relógios dotados destas complicações. O Perpetual Ludwig é uma homenagem ao Dr. Ludwig Oechslin, um dos grandes relojoeiros da história que esteve associado à Ulysse Nardin durante muitos anos. Este foi responsável pela conceção da "Trilogy of Time" e do Freak. Hoje, é o proprietário da pequena manufactura Ochs und Junior, sediada em Zurique.

O Perpetual Ludwig distingue-se sobretudo pela sua fácil utilização, uma vez que o calendário pode ser ajustado tanto para a frente como para trás, permitindo assim efetuar correções facilmente. Foi com a introdução deste instrumento que a Ulysse Nardin revolucionou o complexo mecanismo do calendário, introduzindo o primeiro relógio dotado desta complicação cujas indicações podiam ser facilmente ajustáveis através da coroa ou de botões adicionais, tornando as ferramentas obsoletas. Esta edição limitada custa atualmente cerca de 15.000 euros.

Outra das bases técnicas do El Toro foi o mecanismo da função GMT, introduzido pela primeira vez com o GMT +/- Perpetual. Com o auxílio de um segundo botão posicionado no flanco da caixa, é possível fazer avançar ou retroceder o ponteiro suplementar das horas responsável pela indicação do segundo fuso horário. O GMT +/- Perpetual é animado pelo calibre UN-32, o mesmo do Ulysse Nardin El Toro. Este relógio custa cerca de 14.000 euros, usado. Como novo, o seu preço ronda os 18.000 euros.