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TAG Heuer Carrera – Um cronógrafo mítico
Inspirado no universo do desporto automóvel, o Carrera é um dos mais famosos cronógrafos da história da relojoaria. Depois de muitas décadas no pulso de alguns dos melhores pilotos de todos os tempos, este clássico de três ponteiros tem muitas histórias para contar.
O icónico cronógrafo desportivo Heuer Carrera foi lançado em 1963, e deve o seu nome de batismo a uma das mais míticas e perigosas corridas de sempre: a Carrera Panamericana. O carismático nome foi encontrado por Jack Heuer, bisneto do fundador da marca, Edouard Heuer, quando este se encontrava na prova das 12 Horas de Sebring, na Florida, na qualidade de patrocinador de cronometragem da prova. Heuer encontrou-se nas boxes da Ferrari com os pais da dupla de irmãos Ricardo e Pedro Rodriguez, que lhe falaram do perigoso rali mexicano. A palavra espanhola "Carrera" ficou-lhe no ouvido e, mal regressou à Suíça, foi registar o nome da sua nova coleção de "Heuer Carrera". Pela sua funcionalidade e fiabilidade, o Carrera tornou-se a preferência de pilotos lendários, como Niki Lauda, Jo Siffert, Bruce McLaren ou Ayrton Senna. O design elegante e intemporal faz com que este seja um relógio que tanto pode ser usado com um fato de corrida como com fato e gravata. Outros modelos emblemáticos da TAG Heuer, como o Monaco e o Aquaracer, integram funções herdadas deste mítico modelo.
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O Carrera de 1963
O Carrera original dos anos 60 demarcava-se dos demais cronógrafos pelo seu design de extrema clareza e legibilidade, inspirado no painel de instrumentos dos carros de competição. O mostrador era acompanhado de uma escala até ao quinto de segundo na orla do mesmo, cuja inclinação de 45 graus aumentava o seu tamanho em 2 mm, ao mesmo tempo que lhe conferia uma arquitetura depurada. A disposição tricompax (totalizador de 30 minutos, totalizador de 12 horas e pequenos segundos) em baixo relevo, conferia-lhe um efeito tridimensional. A simplicidade do mostrador, alcançada pela ausência de escalas telemétrica e taquimétrica, contribuiu para o enorme sucesso alcançado por este modelo. Outros cronógrafos seus contemporâneos, como o Daytona da Rolex, ou o Speedmaster da Omega, possuíam, ao invés, uma escala com taquímetro bastante demarcada na luneta. A janela da data que caracteriza os modelos atuais só viria a ser integrada anos mais tarde.
A motorização do Carrera de 36 mm era proporcionada pelo calibre de corda manual Valjoux 72, que equipava também o Rolex Daytona dos anos 60. O movimento possuía uma reserva de corda de 46 horas, 17 rubis e batia a 18.000 alternâncias por hora.
Modelos neo-vintage
A primeira geração do Carrera teve inúmeras versões emblemáticas com mecanismos cronográficos de corda manual, incluindo os modelos Carrera 12 Dato, Carrera Tachy e Carrera Black. Com a invenção do primeiro mecanismo cronográfico automático, em 1969 - o Chronomatic - que passou a equipar o Carrera e outros cronógrafos da marca, nasce a segunda geração de cronógrafos Carrera. O relançamento do Carrera, em 1996, na linha Classics da TAG Heuer foi um enorme sucesso e despertou o gosto pelos relógios vintage. Cinquenta anos após o seu advento, o Carrera surge em várias reedições – entre as quais um modelo neo-vintage, que se destaca por exalar o espírito inaugural do modelo da década de 60: o Carrera Calibre 18 Telemeter Chronograph apresenta-se com o tamanho de 39 mm e um mostrador retro, com o histórico logótipo Heuer em vez de TAG Heuer, a evocar as primeiras versões do modelo. O mostrador com configuração bi-compax (dois sub-mostradores antracite para o totalizador de 30 minutos do lado das três horas e pequenos segundos às 3 horas) é complementado por uma escala telemétrica na orla do mesmo. A correia de pele perfurada completa o look de regresso às origens.
O Carrera retro é animado pelo Calibre 18 da TAG Heuer. Por detrás desta denominação, encontra-se o calibre 2892 oriundo da manufatura de calibres ETA (a maior fornecedora de movimentos mecânicos da relojoaria suíça), complementado pelo módulo 2223 da Dubois Dépraz (empresa especializada em complicações relojoeiras). O mecanismo cronográfico Calibre 18 possui corda automática, mede 28 mm de diâmetro e inclui 37 rubis. A janela para a data encontra-se às 6 horas, e a mesma possui uma função de acerto rápido. Com uma autonomia de aproximadamente 40 horas, bate a uma frequência de 28.800 alternâncias/hora. O fundo transparente em vidro de safira permite observar o calibre.
Nova geração de mecanismos
Pelas comemorações do seu 150.º aniversário, a TAG Heuer lançou o calibre 1887, um mecanismo cronográfico de corda automática derivado do calibre 6S78 da Seiko, aperfeiçoado e manufaturado pela empresa nas suas instalações em La Chaux-de-Fonds. O calibre presta tributo ao pinhão oscilante inventado e patenteado pela marca em 1887, que proporciona um funcionamento mais suave e veloz ao cronógrafo. Além disso, integra um sofisticado sistema de roda de colunas, autêntico centro nevrálgico do movimento, que coordena com exatidão as três funções do cronógrafo (início, paragem e reposição a zeros) e uma embraiagem vertical. Segundo a TAG Heuer, este mecanismo torna o arranque da cronometragem dois milésimos de segundo mais rápido do que qualquer outro mecanismo cronográfico.
O movimento tem um diâmetro de 29,3 mm, inclui 39 rubis e data com acerto rápido. O balanço oscila com uma frequência de 28.000 alternâncias/hora (4Hz) e a autonomia de marcha é de cerca de 50 horas ou, com as funções de cronógrafo ativadas, de 40 horas. Os pequenos segundos encontram-se na posição das 9 horas, os contadores dos minutos e das horas encontram-se dispostos respetivamente às 12 e às 6 horas. A função stop-seconds permite uma enorme precisão no acerto da hora.
O Carrera do século XXI
Ao longo dos anos, a TAG Heuer tem sabido reinventar um dos seus maiores ícones relojoeiros com reedições e reinterpretações que passam por diferentes tamanhos de caixa (estas têm vindo a crescer em diâmetro) e uma grande diversidade de materiais. Em 2015, cumpriram-se 30 anos desde o arranque da associação entre a TAG Heuer e a McLaren, que a marca celebrou com o lançamento do Carrera McLaren 1974 Edition, numa edição limitada a 1974 exemplares. Em homenagem à conquista do título pela McLaren, em 1974, esta edição evoca as cores da equipa, num belíssimo cronógrafo caracterizado pelo seu mostrador branco opalino com totalizadores pretos contrastantes e toques de laranja tanto nos ponteiros como na inscrição inserida na luneta preta em cerâmica. O toque final é dado por uma bracelete de borracha vulcanizada que evoca o rasto de pneus radiais.
Os modelos de três ponteiros (horas, minutos, segundos) permanecem elegantes e simples, tal como o Carrera original, sem nunca perder as suas raízes automobilísticas. Alguns dos modelos propostos pela TAG Heuer assumem uma personalidade mais clássica, em especial as versões bicolores em aço e materiais nobres, como o ouro amarelo ou o ouro rosé, com ponteiros e indexes elegantes. As versões Twin-Time são particularmente vocacionadas para quem viaja muito, já que apresentam duplo fuso horário e indicação da data, sendo ainda estanques até 100 m.
Inspirado no universo automobilístico
O Carrera ficou para sempre associado ao desporto automobilístico, popularizado por pilotos lendários e campeões da Fórmula 1. Entretanto, este icónico cronógrafo é apreciado não só por pilotos como também por amantes de relógios em todo o mundo. Caracterizado por um design elegante e intemporal, que a TAG Heuer tem sabido reinterpretar em várias versões, este cronógrafo converteu-se, por muitas boas razões, num objeto de desejo.