- 30
- 60
- 120
Relógios de ouro – Elegantes e valiosos
Um relógio de ouro simboliza luxo. Afinal, desde os primórdios da civilização, este foi sempre o metal precioso por excelência. A maioria dos relógios de ouro são peças clássicas, ideais para ocasiões formais, mas há também relógios de ouro desportivos.
Principais características de um relógio de ouro
- Ouro de 18 quilates com 75% de ouro, também chamado de ouro de 750 milésimas
- Ouro de 14 quilates com 58,3% de ouro, também chamado de ouro de 585 milésimas
- O ouro galvanizado surge sobretudo em relógios vintage
- Revestimento PVD, uma alternativa com preço acessível
- Algumas marcas oferecem ligas próprias, como o ouro Everose (Rolex) ou o Sedna (Omega)
Caixas de ouro: a mistura faz a diferença
Quando se fala de relógios de ouro, a maior parte das pessoas pensa num determinado tipo de metal, nomeadamente no ouro amarelo. Porém, existem muitos outros tipos de ouro usados na indústria relojoeira como o ouro branco, rosa ou vermelho . Algumas marcas lançaram as suas próprias ligas de ouro exclusivas, como é o caso do ouro Sedna da Omega e o ouro Everose da Rolex, sendo ambas ligas de ouro vermelho. Já o Magic Gold da Hublot é uma liga que combina o ouro amarelo e a cerâmica, o que o torna extremamente resistente.
Em teoria, um relógio só pode ser considerado de ouro se a caixa for fabricada em ouro maciço . Contudo, também se podem incluir nesta categoria relógios de um preço mais baixo, cujas caixas são fabricadas em aço e banhadas a ouro.
Em todo o caso, um relógio de ouro é sempre fabricado a partir de uma liga de ouro. O ouro puro, que pode ser encontrado nas moedas ou nas barras, apenas é utilizado para banhar determinadas superfícies de um relógio, como por exemplo uma caixa fabricada num material diferente. Como se trata de um material bastante maleável, é misturado com outros materiais para alcançar uma maior dureza , torná-lo mais resistente aos riscos ou conferir-lhe uma tonalidade diferente.
A quantidade de ouro contida numa liga é indicada em quilates. Um quilate equivale a 1/24 de ouro. O ouro puro tem, pois, 24 quilates. As caixas com a maior percentagem de ouro têm 18 quilates, ou seja 75% de ouro puro, também conhecido por ouro de 750 milésimas, consistindo a restante percentagem de outros metais. O ouro amarelo geralmente é obtido através de uma mistura de prata e cobre. A tonalidade varia de acordo com as proporções dos diferentes metais usados na liga.
O ouro vermelho ou o ouro rosa possui uma maior proporção de cobre do que de prata, o que lhe confere a tonalidade avermelhada. Para a obtenção de ouro branco, é utilizada uma maior percentagem de prata. Os relógios em ouro branco de 18 quilates são fabricados numa liga que contém platina ou paládio.
Embora existam no mercado relógios com 14 quilates (ouro de 585 milésimas), a maior parte das manufacturas utiliza ouro de 18 quilates. Isto também se aplica a relógios de luxo da categoria média ou inferior como as peças da Longines, Maurice Lacroix ou Tissot.
Algumas marcas usam um revestimento PVD de ouro, que tem um efeito bastante semelhante ao ouro. A técnica de PVD (Physical Vapor Deposition) consiste na deposição química em fase de vapor de uma película sobre o material de base.
A alternativa mais conhecida a esta técnica é a galvanização. Geralmente, a capa de ouro é muito fina, com cerca de 20 micrómetros (1 micrómetro corresponde a 1/1000 milímetros). A capa dourada é elaborada com ouro de 18 ou de 24 quilates. É muito sensível aos riscos, porém estes podem ser polidos. O procedimento de revestimento a PVD é uma técnica mais recente, por isso a galvanização é mais comum em relógios vintage.
Conselhos para a compra de um relógio de ouro
Se pretende adquirir um relógio de ouro, deve ter em atenção o valor em quilates. Independentemente da marca do relógio, 18 quilates serão sempre 18 quilates.
A diferença de preço entre um mesmo modelo em ouro e em aço inoxidável pode ser considerável. Um Rolex em aço inoxidável como o Rolex Submariner com indicação de data custa, novo, cerca de 7.000 euros, ao passo que a versão em ouro amarelo , no mesmo estado de conservação, custa cerca de 21.000 euros .
O preço e o valor de um relógio de ouro de 18 quilates depende do preço do ouro . Este sofre flutuações e, de alguns anos a esta parte, encontra-se acima dos 1.000 dólares por onça (31 gramas). No verão de 2011 chegou mesmo a alcançar os 1.900 dólares e, atualmente, considera-se improvável que o preço desça abaixo dos 1.000 dólares. O preço dos relógios de ouro subiu devido ao aumento do valor deste material precioso. Na década de 1990, o valor oscilava ainda entre os 300 e os 400 dólares. Como o ouro é um valor seguro face à volatilidade dos mercados financeiros, os relógios de ouro são um investimento relativamente seguro. Na pior das hipóteses, o relógio mantém o seu valor de acordo com o seu peso. Este cenário, porém, implicaria uma grave crise financeira, em que geralmente o preço do ouro não desce.
Normalmente, o valor de coleção e a reputação da manufactura são os fatores mais determinantes do preço de uma peça relojoeira. Um relógio de ouro de uma manufactura independente que produz os seus próprios movimentos in-house tem um preço mais elevado. A Rolex, por exemplo, além do Submariner, tem diversos outros modelos de ouro no seu catálogo como o Daytona ou o Day-Date. O Day-Date existe em ouro branco, ouro amarelo ou em ouro Everose, uma liga em ouro rosa de 18 quilates exclusiva da Rolex. Estas peças estão disponíveis com diferentes tamanhos de caixa.
O mesmo se passa com os relógios da Omega. O relógio de mergulho Seamaster está também disponível numa versão em ouro de 18 quilates. Além disso, a marca oferece uma vasta seleção de relógios de ouro na coleção De Ville.
A Patek Philippe é a marca mais ilustre no que se refere a relógios de ouro. Nenhuma outra manufactura suíça utiliza tanto este material precioso como esta marca genebrina independente. A Calatrava é a coleção mais emblemática da Patek Philippe.
A marca é uma das poucas manufacturas a fabricar, não tão-só a caixa como também outras peças fundamentais do movimento em ouro. Um bom exemplo disso é o rotor de um movimento automático, que geralmente é também ricamente decorado. A Rolex, por seu lado, realiza também os índices e os mostradores em ouro branco , inclusive nos modelos com caixa de aço inoxidável. Esta opção não tem uma razão estética, mas sim funcional: o ouro não se desgasta com o passar do tempo.
O domínio suíço
Segundo reza a história, o primeiro relógio de pulso em ouro maciço foi produzido pela Girard-Perregaux para o Kaiser alemão Wilhelm I, em 1879. Hoje em dia, são produzidos em média cerca de 500.000 relógios de ouro por dia, sendo que 90% é fabricado na Suíça . A Rolex é o principal protagonista desta estatística, dado que só a marca da coroa produz cerca de 200.000 relógios de ouro por ano. A Rolex produz cerca de 800.000 relógios por ano, constituindo os relógios de ouro um quarto do total da sua produção. As caixas são concebidas na própria fundição. A utilização deste material precioso é também essencial nos modelos de prestígio da manufactura de luxo Patek Philippe, cujo catálogo se compõe quase exclusivamente de relógios de ouro, embora existam uns poucos de modelos em aço. Geralmente, é o oposto no catálogo da maioria das marcas, em que o ouro é uma exceção. Os relógios bicolores surgem como uma solução intermédia, combinando o aço e o ouro. A Rolex denomina esta variante de Rolesor.